terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

O neófito na acadêmia

O OFÍCIO ACADÊMICO
O acadêmico(a) quando inicia seus estudos superiores coloca-se diante de um problema fundamental: como lidar com o conhecimento científico? Trata-se, portanto, de um fenômeno que se dá em uma circunstaância especifica e nova. Novas atitudes e novas exigências lhes serão exigidas na relação com o conhecimento.
Nas sociedades pós-industriais "o conhecimento será uma moeda de grande valor e viabilizará transações e negociações essenciais para as futura gerações"(TEXEIRA, 2007, p. 17). Aqueles que não aprederem a maninupular , desvendar , expressar, construir e transmitir conhecimentos, fatalmente, poderão ser excluidos dela.
Mas não interessa qualquer adquirir qualquer tipo de conhecimento. Mas aquele contextualizado e que tem ressonância social. Portanto, um conhecimento dinâmico que exige uma postura dinâmica na relação.
Constata-se que o locus próprio do conhecimento é o cotidiano. Ocorre de forma tão corriqueira que não se pergunta pela sua origem, pela sua forma de apropriação. Poucos ficam admirados diante desse fenômeno. Não há problematização.
No cotidiano quado se faz indagação sobre o que seja o conhecimento em geral se apresenta uma resposta na qual se dá ênfase ao aspecto topológico e não lógico do conhecimento. Luckesi(2002) analisa que há uma pouca compreensão desse fenômeno(não á problematização). Somente quando a situação vivenciada revela-se problematica é que se transforma em intyeligivel e explicativa, como afirma Luckesi: " a realidade não é transparente por si, mas pode tornar-se por meio da investigação que constroí o conhecimento"(2002, p. 24).
Como a realidade não é tranparente em si mesmo torna-se necessário então se perguntar de que forma se apropria do conhecimento. Essa apropriação "é o modo pelo qual é possivel ao sujeito humano tomar posse de um entendimento da realidade"(LUCKESI, 2002,p.28). Duas formas são possiveis de construir esse entendimento da realidade: diretamente pela aquisição de uma compreensão, de um esforço de entendê-la a partir delementos e relações próprias; ou indiretamente quando se faz por meio de uma apropriação intelectual de algo já produzido por outro. Esta talvez seja a prática mais usual ma acadêmia. O que importa é o que e como o sujeito humano faz com o conhecimento.
Exatamente por isso, o conhecimento no contexto atual tornou-se muito relevante, tratado como um capital intelectual. Mais ainda, como uma ferramenta indispensável ao exercício da cidadania. E, por outro lado, na economia capitalista, um atributo indispensável para que quer ingressar no mercado de trabalho. De qual quer maneira, o conhecimento é um tema que extrpola o simples limite da sala de aula.
O trabalho do acadêmico é o estudo. Trata-se de um "ofício" que aprenderá na relação que construirá com o conhecimento e no processo de maturação. Necessita, portanto, desenvolver habilidades(aprender a fazer) e competências(aprender a aprender) indispensaveis ao processo de construção do seu ofício acadêmico. Segundo Bastos e Keler(apud TEIXEIRA, 2007, p. 24) três tipos de imaturidade podem se manifestar no neófito acadêmico: imaturidade cultural, imaturidade psicológica e imaturidade lógica.
assim, portanto, o oficio acadêmico necessita de três atos fundamentais para superar a imaturidade acadêmica: o ato de estudar(aprender) expresso no desejo de obter conhecimento e interagir de forma mais significatica com a realidade; o Ato de ler que se manifesta na leitura do mundo e da escrita, isto é, capacidade de dar significado ao que cerca o seu entorno, como diria Paulo Freire que a leitura do mundo precede a leitura da palavra e o ato de escrever: capacidade de se comuicar textualmente.

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